Desempenho das principais bolsas
Eurostoxx
4.954,15
(+0,86%)
IBOV
132.353,13
(-3,08%)
Eurostoxx
17.807,06
(+2,68%)
Eurostoxx
O Eurostoxx teve um mês de setembro volátil, refletindo a incerteza em torno da política monetária do Banco Central Europeu (BCE). O BCE aumentou as taxas de juros em resposta à inflação persistente, o que gerou preocupações sobre uma possível desaceleração econômica na zona do euro.
Ibovespa (IBOV)
O Ibovespa fechou setembro de 2024 com queda de 3,08%, pressionado pela alta dos juros no Brasil e pela desaceleração da economia chinesa, que afetou diretamente o setor de commodities.
Nasdaq
Os mercados tiveram um início difícil para o que é historicamente o mês mais fraco para o mercado de ações, mas se recuperaram ao longo do mês, com o Federal Reserve cortando as taxas de juros em meio ponto percentual.
Ações com maior alta e queda
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Acontecimentos financeiros
No Brasil, o Banco Central aumentou a taxa Selic para 10,75%, com sinalização de que novos aumentos ainda são possíveis, dependendo da evolução da inflação, da arrecadação tributária e dos gastos por parte do governo.
A situação fiscal do país continua desafiadora, com despesas crescendo acima do previsto, o que gera dúvidas sobre a capacidade do governo atingir suas metas fiscais.
Em setembro houve revisões negativas no volume de recurso previsto para a arrecadação tributária e um crescimento agressivo nas despesas públicas.
Essa combinação de fatores tem gerado volatilidade nos mercados de ações e de câmbio, com impacto direto nos custos da dívida externa e na desvalorização cambial.
Cotação ao final do mês de setembro: USD/BRL 5,45.
Em setembro de 2024, os mercados financeiros globais continuaram a enfrentar incertezas, influenciadas principalmente por mudanças nas políticas monetárias e temores de recessão.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve realizou o primeiro corte na taxa de juros desde o início do ciclo de alta, reduzindo-a para 5%, em resposta à desaceleração da inflação e ao aumento do desemprego, que levantaram preocupações sobre uma possível recessão.
A volatilidade aumentou, com o índice VIX atingindo níveis elevados após o simpósio de Jackson Hole, refletindo em uma maior aversão ao risco por parte dos investidores.
Na Europa, o Banco Central Europeu continuou seu ciclo de flexibilização monetária, realizando um segundo corte de juros.
No entanto, a volatilidade também foi elevada nos mercados europeus, especialmente na Alemanha e na França, que enfrentaram instabilidade política.
A expectativa de que o Banco Central da Inglaterra mantenha os juros em níveis altos trouxe preocupações adicionais sobre a recuperação econômica da região.
Economia
O relatório econômico de setembro aponta para um cenário global marcado por uma desaceleração econômica e ajustes na política monetária, especialmente nas economias desenvolvidas, com destaque para os Estados Unidos.
Nos últimos meses, a melhora nos indicadores de inflação e a desaceleração no mercado de trabalho nos EUA permitiram que Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), iniciasse o ciclo de cortes nas taxas de juros, mencionados em seu discurso no Simpósio de Jackson Hole (corte de 0.5p.p ocorreu em 18/09/24)¹.
Essa decisão ocorre após cerca de seis meses desde que o primeiro banco central de uma economia desenvolvida, o da Suíça, implementou a redução dos juros neste ano. Além disso, o cenário eleitoral nos EUA e suas possíveis repercussões sobre o comércio global permanecem sob observação.
No Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou um crescimento de 1,4% no segundo trimestre, superando as expectativas. Contudo, a inflação e o gastos do governo continuam sendo um desafio e preocupação, o que fez o Banco Central ajustar sua política monetária.
A força da economia e a interrupção da tendência de desinflação no país levaram o Banco Central a iniciar um novo ciclo de alta nas taxas de juros em setembro (alta na SELIC de 0.25 p.p)².
Assim, o Brasil se posiciona como uma das poucas economias com previsão de aumento de juros nos próximos 12 meses.